terça-feira, 2 de maio de 2017

Uma noite de terror

Durante o período de provas, nossos alunos se distanciaram um pouquinho das redações, para se concentrar ainda mais nas avaliações. Porém, um pouquinho antes de elas começarem, eles se debateram o medo. Quais são seus maiores medos? Quem você conhece que é corajoso? Por quê? Inspirados depois deste debate de autoconhecimento, eles se debruçaram sobre o tema. A vitoriosa da semana já havia batido na trave várias vezes antes de aparecer aqui no blog. Veja que golaço, ops, que redação! 

Uma noite de terror

Já te perguntaram do que você tem medo? As vezes nossa resposta pode parecer boba, ou até irracional. Medo do escuro, de inseto, talvez até medo de agulha! 

Há alguns meses essa pergunta também parecia tola e totalmente inocente para mim, mas sabia que lá no fundo eu tinha diversos medos. Eu tinha medo de ficar em lugares apertados, medo de ficar aprisionada, sem ar! 

Dia 1 de abril, decidi dormir na casa de minha amiga, Claudia. Estávamos no quarto dela e junto de mim, havia ainda mais três amigas minhas. Decidimos então brincar de verdade ou desafio. Pegamos um lápis qualquer e o giramos. 

_ Nathalie pergunta para Melissa - anunciou Cláudia. 
_ Verdade ou desafio, Melissa? - pergunta Nathalie
_ Verdade! - eu respondi, então.
_ É verdade que você tem muito medo de algo?
_ Sim!

Todas então perguntam:

_ Do que?
_ Prometem que não vão contar para ninguém? - questionei
_ Sim! - as meninas responderam

Então eu disse a elas que tinha medo de lugares apertados e todas elas começaram a rir. Alguns minutos depois, nos descontraímos e decidimos brincar de esconde-esconde. Vitória, uma das meninas, pediu para contar.

Faltavam poucos segundos e eu não sabia onde me esconder. Decidi então me esconder dentro do guarda-roupa. Poucos segundos depois, ouço passos em direção ao guarda-roupa e imagino que seja Vitória, me procurando, mas era Nathalie. Ela me tranca no guarda-roupa e então eu grito por socorro e bato bastante na porta, mas a única coisa que consigo ouvir são suas risadas, enquanto eu me pego chorando.

Horas se passaram e as únicas coisas que me lembro é de gritar, chorar, sentir fome e desmaiar. No dia seguinte, a mãe de Cláudia abre o armário e me vê naquela situação. Ela me pede desculpas e briga bastante com sua filha. 

No dia seguinte eu vou para a escola e todas as meninas me olham como se nada tivesse acontecido. Hoje sou obrigada a fazer tratamento psicológico e fingir que me sinto normal, que não tenho problemas e que nunca tive a confiança roubada por uma brincadeira estúpida e totalmente inútil. 

Vitória Castro 
7ºA

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