quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Uma Grande Campeã

Eu, Dandara, vou contar uma história com um começo muito triste, mas com um final muito feliz!

Eu estava trabalhando na maternidade e fui chamada na sala de parto. Realizei um parto que durou dez horas e nele nasceu uma menina linda, porém ela não tinha duas pernas, e ao mostrar para a mãe, ela acabou chorando muito.

Levamos a mãe para uma ala do hospital, enquanto a bebê acabou indo para outra, recebendo cuidados especiais. 

No dia seguinte, fomos fazer uma consulta com a mãe e ela havia desaparecido, deixando apenas um bilhete que dizia: "Não aceito essa filha! Foi o pior castigo que Deus me deu, eu a odeio!"

Fiquei muito chocada! Como uma mãe seria capaz de largar sua própria filha? O bebê foi encaminhado para um orfanato, mas num último instante eu não deixei que o levassem e adotei a menina. Coloquei nela o nome de Jéssica Vitória e cuidei muito bem dela. 

Quando Jéssica completou quinze anos, a levei de cadeira de rodas até o estádio de ginástica artística. Ela gostou muito, mas me disse uma coisa que cortou meu coração:

_ Eu queria tanto ser uma ginasta, mas não posso, pois nasci com esse problema que me impede de ser. 

No dia, fiquei muito pensativa e então tive uma grande ideia: levá-la para o centro cirúrgico para colocar pernas robóticas. Já era hora de arriscar! Passados alguns dias, levei Jéssica ao centro cirúrgico e as pernas foram implantadas. Jéssica teve que passar por um ano de adaptação para se sentir bem com suas novas pernas.

No seu aniversário de dezesseis anos, a levei até a escola de ginástica para deficientes físicos. Ela entrou muito feliz e orgulhosa, assim como eu! 

Depois de cinco anos na escola e depois de muitos treinos, Jéssica foi convidada a participar de uma competição, na qual ela ficou em terceiro lugar! Ela ficou muito feliz. Em meu pensamento naquele momento, lembrei que Jéssica tinha passado por tanta coisa e nunca deixou de lutar e sorrir. Mesmo sendo bronze, para mim ela é uma eterna campeã!

Dandara
6°B

As Olimpíadas do Rio

Pela primeira vez as Olimpíadas ocorreram no Brasil, o governo estava ansioso pela chegada dos turistas à "Cidade Maravilhosa" e o povo se contradizia a quase todo instante. Agora, eis a questão: será que o Brasil estava preparado para sediar as Olimpíadas do Rio?

Como já foi dito, o povo se contradiz toda hora, alguns são a favor de que ocorresse aqui, argumentando que isso mudaria a imagem do Brasil perante os gringos, enquanto outros preferem defender a tese de que nós não estávamos preparados política e economicamente para tal recepção. A verdade é que o povo não sabe mais em quem acreditar, de certa forma a Olimpíada uniu o povo brasileiro e simbolizou a importância do esporte, mas fica difícil pensar nisso enquanto sua escola está em greve ou quando você se encontra há mais de mês na fila de espera em hospitais públicos.

É errado dizer que não achei um absurdo a quantidade de dinheiro gasto e o quão mal ele foi investido, mas de certa forma foi até bom. O Brasil se juntou para assistir e torcer pelos jogos olímpicos e reacendeu uma pequena chama de esperança de que juntos somos mais, que o povo brasileiro vai vencer, não importa qual for a crise. Somos gigantes, essa é a nossa natureza, e deveríamos ser movidos por amor e esperança. Infelizmente isso nem sempre ocorre, pois quanto maior é o sonho de sair da crise, mais impostos são cobrados. É como estar submerso e precisar urgentemente de ar, mas cada vez que você chega mais perto da superfície, o preço das coisas aumentam e algo como inflação, violência e divisão social vem à tona, causados pelo mesmo motivo que faz a família se juntar no sofá para ver o Michael Phelps nadar.

Não tem como pensar em Olimpíada sem pensar no quão pior a situação brasileira ficará depois dela. Eu não concordo com sua realização, acredito que tal evento não deveria ter acontecido no Brasil, pela quantidade de problemas que ocorreram e ocorrerão decorrentes deste evento.  

Carolline Bittencourt
8°B - 2016