quarta-feira, 31 de maio de 2017

O Sábio Guerreiro

Nossa mente é mesmo um labirinto cheio de caminhos diversos. Uma mesma palavra pode trazer lembranças diferentes para pessoas próximas. Imagine então o início de uma frase! Os alunos do 8°A foram então convidados a continuar a seguinte narrativa, de maneira quase que completamente livre. Os resultados foram diversos e o vencedor da semana mereceu o posto, visto que vinha batendo na trave desde o começo do ano. Confira!

O Sábio Guerreiro

Foi no feriado de 1° de maio que tudo aconteceu. Chovia e eu estava com raiva, pois tinha esquecido de me agasalhar. Naquele dia, eu estava passeando pela Avenida Paulista e como já disse antes, estava bem nervoso.

Até que uma hora parou de chover, mas eu já estava todo molhado e com muito frio, sem nenhuma moeda no bolso para comprar uma blusa. Estava em uma situação difícil, não sabia o que fazer, então resolvi sentar e esperar. 

Quando passou o frio, resolvi continuar andando, andei tanto que até perdi a noção do tempo e não esperava o que ia ter que enfrentar. Havia treinado desde meus treze anos até aquele momento, quando chegou a minha hora de mostrar o que eu sabia. 

Logo a minha frente havia uma floresta e decidi entrar nela para ver o que me esperava. O meu destino, eu sabia, estava lá dentro. Ou viver ou morrer. Até que naquela floresta abriu um sol muito forte e muito quente, tirei meus tênis, rasguei as mangas da minha camiseta e fiquei parecendo um verdadeiro guerreiro.

Comecei a escalar aquela montanha de pedras, com as mãos todas cortadas, até que cheguei ao topo. Estava ali, me esperando, aquele homem com uma espada de um metro e meio na mão, todo vestido de preto, apenas com os olhos para fora. Entendi que ele iria guerrear comigo, mas eu não tinha uma arma, seria uma batalha desleal, então eu lhe disse:

_ Largue essa espada e venha brigar de homem para homem!
_ Eu não vou largar nada, sei que você é o melhor guerreiro de São Paulo. Pode me derrotar sem uma arma!
_ Ok! Pode vir! - eu disse.

Começou a batalha e em menos de 50 segundos aquele homem estava lá, caído no chão e a espada que era dele, sob meu poder. Retornei ao meu Dojo (local de treino) e entreguei a espada para meu mestre, dizendo que havia derrotado o inimigo. Ele me disse que a próxima batalha seria lá mesmo, no nosso Dojo, os inimigos iriam invadir e tentar nos matar. Seriam seis contra dois, os nossos inimigos contra eu e meu mestre.

Quando os inimigos entraram, eles nos pegaram de surpresa, nós ainda não estávamos esperando. Começamos a lutar e meu mestre infelizmente morreu em combate. Quando eles mataram meu mestre, foram embora, pois já tinham cumprido seu objetivo. Então, tive que continuar minha jornada sozinho, vivendo por aí, sendo o herói solitário de São Paulo.

Guilherme Tapias Lança
8°A

Um livro deixado no ônibus

"Eu realmente acredito que algo mágico pode acontecer quando se lê um livro". Essa frase, escrita por J.K.Rowling, escritora cuja vida mudou depois de escrever Harry Potter, fala sobre o poder que uma boa leitura tem na vida das pessoas. Inspirados por ela, os alunos do sétimo ano foram convidados a escrever uma história tendo o livro como protagonista. Olha que resultado incrível, pudemos encontrar na redação da vencedora da semana!

Um livro deixado no ônibus

Essa é a história de uma moça de 20 anos chamada Melissa, que nunca tinha lido um livro em toda sua vida. 

Ela era bem pobre e morava em uma casa bem simples com sua mãe. Estudou a vida inteira em escola pública, mas não chegou a cursar a faculdade, pois não tinha condições. 

Melissa saía quase todo dia para procurar emprego, pois tinha que ajudar a mãe nas despesas da casa. Todos os lugares que ela ia eram longe, e como não tinha carro, pegava ônibus.

Como essa história não aconteceu há muito tempo, estava rolando a campanha de colocar livros em assentos de ônibus e metrô. Melissa saiu cedi de casa neste dia específico, pois tinha uma entrevista de emprego bem no centro da cidade.

Ela pegou o ônibus como sempre e não tinha lugar para se sentar, então ficou em pé, na frente de um banco. Melissa percebeu que o homem sentado no assento segurava um livro nas mãos. Logo depois, ele desceu do ônibus e deixou o livro no mesmo lugar onde tinha achado. Ele tinha segurado o livro só para poder se sentar. Melissa então sentou naquele lugar vazio e pegou o livro na mão. Lá na primeira página, dizia que ela poderia levá-lo para casa. Já estava chegando a hora de ela descer do ônibus, então Melissa deu apenas uma folheada no livro, o achou interessante, guardou-o em sua bolsa e resolveu levá-lo para casa.

A entrevista de emprego foi um desastre e Melissa voltou para casa muito triste. Chegou em casa, cumprimentou sua mãe e já foi para o quarto. Tirou o livro da bolsa e deixou em cima da mesa. Não estava com cabeça para ler naquele momento.

No dia seguinte, ela tinha saído para ir ao mercado, então sua mãe aproveitou para arrumar seu quarto. Achou então o livro de Melissa. A mãe dela achou estranho, porque nunca tinha visto a filha lendo. "Os livros hoje em dia são muito caros", pensou ela. Quando Melissa chegou, sua mãe perguntou de onde era aquele livro, então ela explicou e sua mãe a incentivou a ler.

Demorou alguns dias para Melissa terminar o livro e nesse tempo ela conseguiu arrumar um emprego como secretária de uma editora de livros. Ela gostou tanto da leitura, que começou a escrever suas próprias histórias.

Um dia, Melissa estava no serviço e teve que ir ao banheiro, deixando em cima da mesa o texto que estava escrevendo. Quando seu chefe passou, viu o texto dela e o leu por curiosidade. Ele percebeu que Melissa tinha grandes chances de se tornar uma excelente escritora. Deu a ela uma bolsa na faculdade de Letras e assim que ela terminou a faculdade começou a escrever um livro e hoje é considerada uma das melhores escritoras do nosso país.


Beatriz Falcão 
7°A

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Um mundo ideal

Vivemos nossa vida muitas vezes sem pensar naquilo que nos rodeia, como se estivéssemos no piloto automático e não fossemos capazes de perceber tudo que passa por nós. Nosso mundo tão grandioso tem suas qualidades... mas o que precisa mudar? O que precisamos melhorar? Nossos alunos do oitavo ano saíram da zona de conforto e fincaram os pés na realidade. Veja a redação vencedora!

Um mundo ideal

Olá, leitores! Meu nome é Lucas e vim contar sobre o nosso planeta, falar sobre coisas que precisam melhorar, coisas que já pioraram e que se continuarem afundarão a Terra. 

O nosso planeta está passando por momentos difíceis, guerras, preconceitos, desigualdade social, racismo e até doenças que os médicos ainda não conseguiram descobrir a cura. Políticos nos roubam milhões de reais, entre outras coisas que parecem só piorar.

O próprio ser humano parece que perdeu seu coração. Quando eu digo que perdeu o seu coração, quero dizer que não tem mais dentro dele, não tem caráter e é super ganancioso. Vou dar um exemplo do que acontece comigo e já deve ter acontecido com vocês. Eu moro em um prédio e quando vou e volto da escola, pego o elevador. A cada cinco pessoas que estão dentro dele, só uma é capaz de abrir a boca pra falar bom dia e até logo...e é bem raro alguém conversar. As pessoas preferem ficar caladas, ficam lá no celular e se arrumando no espelho do elevador. 

Falando nessa questão do celular e tecnologia, vocês não acham que o ser humano está cada vez mais dependente da tecnologia? É claro, todas as coisas tem seu lado bom e ruim, não estou dizendo para largá-la e sim para não ficar o dia inteiro, de segunda a segunda, mexendo no celular, computador, TV e etc. Eu sei, porque conheço pessoas que ficam online das sete às sete. E outra, os jovens hoje em dia chegam da escola, comem, às vezes não fazem lição, não estudam e ficam o dia inteiro na tecnologia. 

Eu sei porque eu era assim, minhas primas são assim e alguns dos meus amigos são assim também, mas minha mãe sempre disse "filho, se for pra ficar o dia inteiro no computador, vai fazer alguma atividade física, um curso de inglês, alguma coisa!". 


(...)
Com o avanço da tecnologia, também podemos ter armas e bombas atômicas cada vez mais poderosas ou até robôs com mentes artificiais - acho até que já tem. 


Então pense bem no que nós humanos podemos fazer, use recursos que a Terra te fornece e que a tecnologia nos dá, mas com moderação! Quem sabe se cada um de nós fizermos um pouquinho de coisa boa, poderemos fazer com que a maldade, guerras e roubos se tornem apenas LENDAS!?


Lucas Marques
8°A

Dinheiro não compra felicidade

Diante de diversas discussões, nossos alunos do sétimo ano debateram a importância do dinheiro. O que realmente importa na vida? O que o dinheiro não pode comprar? Veja o resultado da redação escolhida para este tema tão importante

Dinheiro não compra felicidade

Um dia, uma menina que se chamava Rihana e morava em um castelo de mais de 500 bilhões de reais (sim, ela era beeem rica!). Ela tinha 11 anos de idade, mas não era feliz, pois não recebia nem amor dos pais, nem nada.

Ela via algumas crianças super pobres brincando, correndo e pulando fora do castelo, sempre felizes, mas ela não era nada disso. Ela ia para sua "escola" particular, porque não tinha ninguém, já que era em seu próprio castelo. Rihana já estava cansada disso, queria ser normal como todas as outras crianças, mas seus pais nunca permitiam.

Uma vez, Rihana fez amizade com uma simples menina chamada Adalgiva. A amizade delas era bem bonita, mas Rihana decidiu que queria comprar a menina para tê-la sempre por perto e fazer diversas coisas, só que Adalgiva falou para Rihana:

_  Amiga, sabia que você não precisa pagar para eu fazer algo por você?

_ Sério? Pensei que tuno nessa vida tinha que pagar! Até a amizade!
_ Eu sou sua amiga porque eu quero, não porque você vai me dar dinheiro, mesmo que eu seja pobre. Eu nunca vou fazer isso!

_ Hmmm, que fofo! Agora estou entendendo que não é preciso pagar amizade, amor... - Rihana respondeu.

_ Que bom que entendeu. Vamos brincar agora?
_ Vamos!


E Rihana e Adalgiva foram brincar jutnas. Sempre lembrem, dinheiro não compra felicidade! Você só consegue ganhar felicidade com a amizade verdadeira, o amor de seus pais, etc. Não é preciso ser rico para ser feliz, aliás, muita gente rica nem é feliz, como a Rihana! Por falar nisso, no final, os pais de Rihana decidiram dar mais atenção para sua filha. Eles viram que ela precisava de mais atenção, colocaram Rihana na mesma escola de Adalgiva e passaram a dar mais amor. 

Adalgiva ficou muito feliz com isso e Rihana passou a ser muito, muito feliz!

Obs: Sempre lembrem: Dinheiro não compra felicidade com NADA!

Bianca Reis
7ºA

terça-feira, 2 de maio de 2017

Minha Joia

Poucos temas são tão debatidos em sociedade hoje em dia quanto a diversidade. No oitavo ano não foi diferente e os alunos se aprofundaram no tema que abrangeu desde o preconceito, até a dificuldade que cada um enfrenta ao se deparar com o diferente. A vencedora dessa semana desenvolveu uma linda história a partir de tudo isso. Confira!

Minha Joia

19 de maio. Mayla descobriu que estava grávida de dois meses.

Quando seu bebê completou 6 meses na gestação, Mayla foi fazer o ultrassom e descobriu o esperado sexo. Chegando no hospital, o médico nos disse que seria uma menina. Eu vi a felicidade estampada no rosto de minha esposa, mas esse sorriso aos poucos foi se fechando quando recebemos a notícia de que nossa filha iria nascer com síndrome de down. O médico nos falou sobre o andamento e cuidados da gravidez e dissemos que precisávamos ir para casa descansar e pensar em tudo aquilo. 

Chegando em casa, minha mulher estava aos prantos.Com o rosto inchado, ela me disse que queria continuar com a gravidez e nem pensar em outra possibilidade. Me explicou que nossas vidas mudariam muito depois do nascimento de nossa filha. Eu expliquei a ela que já sabia das mudanças, mas ela acrescentou, dizendo que nossas vidas não seriam como as de outras famílias, explicou que as pessoas olhariam feio para nossa filha. Ainda assim, ela queria continuar com a gravidez, estava decidida e eu concordei. 

Quando minha mulher estava com oito meses e meio de gravidez, começou a sentir as dores do parto e corremos para o hospital. Lá, no dia 27/12, eu conheci a perfeição. Segurei em meus braços e meu coração disparou. Eu era o homem mais feliz daquele hospital!

Depois de 5 anos, quando minha pequena começou a frequentar a escola, vi o tal preconceito que minha mulher havia me falado. Aquelas pessoas ao redor cochichavam e me irritavam ao extremo, mas eu precisava ser forte, pois minha missão era proteger minha linda e inocente criança!

Conforme os anos foram passando, eu e minha mulher fomos ficando cada vez mais perto da morte e o nosso medo era: quem cuidaria de nossa criança? Para mim ela é mais preciosa que uma pedra ou joia!

Nunca imaginei ou sonhei como seria ter uma filha com alguma síndrome ou doença incurável e hoje eu sei que não é tão difícil assim. O difícil é ter uma coisinha tão inocente e perfeita e não saber como proteger do mundo cruel. 

Mel Maia
8ºA

Uma noite de terror

Durante o período de provas, nossos alunos se distanciaram um pouquinho das redações, para se concentrar ainda mais nas avaliações. Porém, um pouquinho antes de elas começarem, eles se debateram o medo. Quais são seus maiores medos? Quem você conhece que é corajoso? Por quê? Inspirados depois deste debate de autoconhecimento, eles se debruçaram sobre o tema. A vitoriosa da semana já havia batido na trave várias vezes antes de aparecer aqui no blog. Veja que golaço, ops, que redação! 

Uma noite de terror

Já te perguntaram do que você tem medo? As vezes nossa resposta pode parecer boba, ou até irracional. Medo do escuro, de inseto, talvez até medo de agulha! 

Há alguns meses essa pergunta também parecia tola e totalmente inocente para mim, mas sabia que lá no fundo eu tinha diversos medos. Eu tinha medo de ficar em lugares apertados, medo de ficar aprisionada, sem ar! 

Dia 1 de abril, decidi dormir na casa de minha amiga, Claudia. Estávamos no quarto dela e junto de mim, havia ainda mais três amigas minhas. Decidimos então brincar de verdade ou desafio. Pegamos um lápis qualquer e o giramos. 

_ Nathalie pergunta para Melissa - anunciou Cláudia. 
_ Verdade ou desafio, Melissa? - pergunta Nathalie
_ Verdade! - eu respondi, então.
_ É verdade que você tem muito medo de algo?
_ Sim!

Todas então perguntam:

_ Do que?
_ Prometem que não vão contar para ninguém? - questionei
_ Sim! - as meninas responderam

Então eu disse a elas que tinha medo de lugares apertados e todas elas começaram a rir. Alguns minutos depois, nos descontraímos e decidimos brincar de esconde-esconde. Vitória, uma das meninas, pediu para contar.

Faltavam poucos segundos e eu não sabia onde me esconder. Decidi então me esconder dentro do guarda-roupa. Poucos segundos depois, ouço passos em direção ao guarda-roupa e imagino que seja Vitória, me procurando, mas era Nathalie. Ela me tranca no guarda-roupa e então eu grito por socorro e bato bastante na porta, mas a única coisa que consigo ouvir são suas risadas, enquanto eu me pego chorando.

Horas se passaram e as únicas coisas que me lembro é de gritar, chorar, sentir fome e desmaiar. No dia seguinte, a mãe de Cláudia abre o armário e me vê naquela situação. Ela me pede desculpas e briga bastante com sua filha. 

No dia seguinte eu vou para a escola e todas as meninas me olham como se nada tivesse acontecido. Hoje sou obrigada a fazer tratamento psicológico e fingir que me sinto normal, que não tenho problemas e que nunca tive a confiança roubada por uma brincadeira estúpida e totalmente inútil. 

Vitória Castro 
7ºA