quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

A maldição

Durante o início deste primeiro bimestre, os alunos do sétimo ano foram apresentados às diferentes características e particularidades do mito. Inspirados especialmente pela mitologia grega, eles foram convidados a escrever uma narrativa envolvendo o tema, criando deuses, semideuses e heróis. Segue nosso primeiro colocado. 


A MALDIÇÃO

Certo dia, a deusa Afrodite teve uma filha muito linda, chamada Ester. Afrodite cuidou de Ester como nenhuma mãe havia cuidado de uma filha, ela fazia de tudo e mais um pouco para fazer sua filha feliz.

Quando Ester cresceu, tinha ficado tão linda quanto a mãe, ou até mais! Afrodite ficou com medo de que algum deus se apaixonasse por ela e a levasse embora, já que eram muito próximas.

Dito e feito, o filho de Poseidon, Persie, se encantou pela jovem moça e queria levá-la para o fundo do mar junto com ele. A mãe fez de tudo, conversou com Zeus, Hades, Poseidon e todos os outros deuses, até tentou seduzi-los com sua beleza, mas não deu certo, pois Ester também acabou se apaixonando por Persie e foram juntos para o fundo do mar.

Afrodite tentou convencê-la a não ir, mas eles estão completamente decididos. Então Afrodite resolveu ir junto com eles. Na hora, estavam todos felizes e contentes, já que Ester também amava muito a mãe.

Viveram no fundo do mar por muito tempo, para ser mais exato cerca de 500 anos. Estavam muito felizes, até que Zeus foi falar com Afrodite e mostrou que, desde que ela foi para o mar, as mulheres na Terra estavam ficando muito feias, uma pior que a outra! Por isso, os homens não estavam mais tendo atração para casarem com elas e com isso as pessoas estavam diminuindo, cada vez havia menos pessoas na Terra!

Zeus falou para Afrodite voltar porque se não o mundo iria ficar vazio. Porém, se ela voltasse, iria ficar longe da filha, pois Persie não aguentava mais do que dois dias fora do mar. Então, Afrodite tomou a decisão mais difícil de todas:ela roubou a filha recém nascida do casal e jurou matá-la se Ester não fosse com ela. Então Ester teve que ir com Afrodite, pois não suportaria perder sua filha. 

Ester viveu com Afrodite pelo resto de sua vida, com alguma felicidade, mas não tanto. Toda noite, Ester saía escondida para ver sua filha, que por sua vez, de tanto viver entre o mar e o Olimpo, virou uma sereia. Quando tocava em qualquer tipo de água, a menina ficava com rabo de peixe e corpo humano. Essa então foi a maldição de Riecísia, filha de Ester e Persie. 

Rafael Condez
7ºA

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

A riquinha fugitiva

Durante a semana, os alunos do 8°A discutiram sobre diversos aspectos da infância e como ela é vivida de diferentes formas ao redor do Brasil e do mundo. A partir deste tema, os alunos foram convidados a fazer uma redação abordando o assunto e criando personagens que podiam muito bem ser parte da realidade. Segue a campeã desta semana. 

A RIQUINHA FUGITIVA
Dia 21 de junho de 2004, uma garota chamada Manoela nasceu em uma família milionária. Seus pais se chamavam Leonardo e Larissa, e moravam em uma incrível mansão.

Cinco anos depois, Manoela já fazia aula de piano, inglês, espanhol, dança, natação, canto e teatro, ou seja, não tinha tempo para absolutamente nada, muito menos de brincar. Aos seis anos, Manoela já entrou na escola, pois sabia ler, escrever e até falar inglês e espanhol. Assim, Manoela foi direto para o terceiro ano e era a mais nova da turma, mas também a mais inteligente.

Completou doze anos e não aguentava tantas coisas para fazer, sem poder brincar com ninguém e nem aproveitar sua infância. Manoela então resolveu fugir de casa. Preparou suas coisas e, já que era tão esperta, fez um plano de fuga. Ela esperou seus pais dormirem, mas tinha que passar pelos alarmes que eles acionavam durante a noite para prevenir bandidos de entrar e roubar as coisas preciosas que tinham. Depois disso, também tinha que passar pelo segurança.

Manoela tinha um grande desafio, mas era muito esperta e conseguiu fugir. Vocês devem estar perguntando como, então eu vou explicar. Ela passou se arrastando no chão, porque assim o alarme não acionava, e deu um remédio para o segurança dormir. Pegou a chave que sabia onde sua mãe escondia e antes disso pegou uma cópia da chave para sua mãe não descobrir. 

A menina só esqueceu uma coisa: o dinheiro. Ela resolveu voltar, mas seria muito arriscado, então teria que se virar. Como ela tinha habilidade em muitas coisas, acreditou que seria fácil ganhar dinheiro. 

Ela também não pensou onde iria ficar. Ela tinha muitos amigos na escola, então ligou para vários, mas apenas uma resolveu ajudar. Manoela percebeu que os outros só estavam interessados no dinheiro, pois quando dizia que estava sem nenhum desligavam na sua cara. Mesmo a menina que a ajudou só deixou Manoela ir para sua casa, porque ela não contou que estava sem dinheiro,

Foi para casa da amiga Beatriz, que não era tão grande quanto a sua, mas também não era pequena. Os quartos eram para Beatriz e seus pais, então Manoela ficou na cama de Beatriz, e Beatriz no colchão. 

No meio da noite, Beatriz foi ver o que tinha na mochila de Manoela. Viu roupas, maquiagem, acessórios, celular, fones e jóias, mas não viu dinheiro. Então a menina decidiu pegar algumas joias e algumas roupas. Manoela acordou e viu tudo isso, mas não falou nada e fingiu que estava dormindo. Beatriz escondeu tudo em sua gaveta e voltou a dormir.

Manoela pegou tudo de volta e foi para a sala com sua mochila. Acordou às cinco horas da manhã e saiu de lá o mais rápido possível. Quando saiu, viu crianças no farol fazendo malabarismo e pedindo esmola. Ela não sabia que as crianças faziam aquilo porque precisavam, e não por diversão, e foi falar com eles:

_ Olá, posso participar com vocês?
_ Oi, quem é você? Por que quer pedir esmola?
_ Eu sou Manoela e fugi de casa, então estou precisando de dinheiro. 
_ Então você tinha uma casa?
_ Tinha, por quê? Vocês não tinham?

Eles ficaram quietos por um tempo, mas um deles explicou o motivo de cada um estar pedindo esmola. Uns porque os pais obrigavam, pois não trabalhavam, outros porque moravam sozinhos nas ruas e diversos outros motivos. Manoela ficou se sentindo mal, mas mesmo assim perguntou se podia ficar um tempo com eles para conseguir dinheiro. Depois de uns três dias morando na rua e pedindo esmola, entendeu que era muito difícil a vida desses garotos.

Então um dia Manoela viu o carro de seus pais. Depressa ela se escondeu, mas não adiantou, porque seus pais já tinham visto. Sua mãe saiu desesperada do carro e levou Manoela para lá, impressionando todos os garotos. 

Chegaram em casa e Manoela explicou o porquê da fuga. Depois disso, Manoela chamou os meninos de rua para passar uns dias em sua casa e saiu dos cursos que tanto ocupavam o seu tempo. Finalmente, pôde ser uma criança.

Isabella Zanesco Canuto
8°A



domingo, 12 de fevereiro de 2017

Um verdadeiro corajoso

Inspirados pelo tema "superação e persistência", discutido em sala de aula, os alunos do sétimo ano tiveram como proposta, escrever uma redação sobre o assunto. Com o nível excelente da turma neste início de 2017, tivemos um TOP 3. A redação abaixo foi a 1ª colocada

Um verdadeiro corajoso

Em 1943, um ano triste para alguns e feliz para outros, um soldado chamado Hiurick lutava na 2ª Guerra Mundial e estava passando por momento muito difíceis. Mas antes, vamos ver como tudo começou. 


Em 1939 a 2ª Guerra Mundial começou e muitos judeus, pessoas com medo, fugiram para outros lugares. Hiurick vivia com a sua família na União Soviética, atual Rússia. Ele vivia com seus dois filhos e sua esposa no campo. Porém, a União Soviética não estava envolvida na guerra, porque tinha feito um acordo com a Alemanha, que acabou sendo quebrado. Então, os homens do país foram convocados pelo exército e quem se escondesse ou fugisse poderia morrer, pois não ajudou a nação. 


Hiurick, como a maioria dos homens, foi para a guerra e teve que ficar longe de todas as pessoas que gostava, passando por coisas horríveis. Mas enquanto Hiurick estava na guerra, sua esposa Miwacky e seus filhos, Benjamin e Megg, sofriam muito. Vários ataques ao país deixava todos horrorizados e sem trabalho viviam na pobreza, porém nunca perdiam a fé que Hiurick voltaria.

Já Hiurick estava vendo várias pessoas morrerem, já que aquela guerra havia sido muito sangrenta, mas ele não via a hora de conseguir descansar e mandar uma carta para a família. 

Um dia em uma batalha, Hiurick e os outros soldados conseguiram dominar a Polônia, deixando-a livre novamente. Lá, Hiurick se sentiu muito mal pois viu os campos de concentração e imaginou se aquilo acontecesse com sua família. Mas ao mesmo tempo, Hiurick se sentiu muito bem, pois conseguiu salvar muitas pessoas e o país voltou a ter paz. 

Mais de um ano se passou e a Alemanha já estava quase derrotada. Com a ajuda dos ingleses, americanos e até mesmo dos brasileiros, conseguiram derrotar os soldados inimigos e conseguiram libertar vários países. Agora o que faltava era a Alemanha, onde muitos países já estavam indo para enfim colocar um final nesta guerra.

Hiurick já estava se sentindo muito bem, pois conseguiu trocar cartas com a família e mesmo nunca tendo treinado no exército antes, conseguiu ajudar bastante.

Em 1945, a guerra acabou. Felizmente, Hiurick conseguiu voltar para casa. Todos estavam muito felizes e curiosos para saber o que havia se passado. Hiurick falou que teve muita persistência e determinação, pois a vontade de desistir era grande, mas para ele e sua família, o que importava era que ele estava bem e estavam todos unidos!

A partir disso, a família passou a ficar sempre muito unida e agradecendo pelo que tinha! Sabiam que nem sempre estariam felizes, mas tinham que aproveitar tudo o que tinham passado e superado e sempre agradecer! 

Gabriela Pereira
7ªA

Batalha da Vida

Inspirados pelo tema "superação e persistência", discutido em sala de aula, os alunos do sétimo ano tiveram como proposta, escrever uma redação sobre o assunto. Com o nível excelente da turma neste início de 2017, tivemos um TOP 3. A redação abaixo foi a 2ª colocada


Batalha da Vida

Quando somos novos, quando estamos na fase da adolescência, nunca percebemos que qualquer coisa pode nos deixar à beira da morte. 

Julia Barreto era uma garota de treze anos de idade. Era normal como as outras, mas tinha uma coisa que a fazia ser diferente: ela tinha o coração puro. Julia Barreto amava futebol e não ligava quando diziam que futebol era coisa de menino. Era uma menina inteligente e tinha os famosos, mas bons amigos. Era uma menina comum, que não estava esperando nada, mas ela mal sabia que sua guerra estava para começar. 

Julia estava no escritório de seus pais, estudando, enquanto sua mãe trabalhava. Até que um pouco de sangue começou a escorrer de seu nariz. Ao chegar em casa, sua mãe pediu que ela virasse a cabeça. Então, de repente sua mãe fez algumas perguntas:

_ Julia, está sentindo dor de cabeça?
_ De vez em quando - ela respondeu

A mãe de Júlia retirou-se do escritório e foi em busca do telefone fixo. Logo em seguida, pediu para Julia avisar à sua professora que não iria à aula no dia seguinte. Passaram-se dezoito horas desde aquela conversa e já estava de manhã. Julia estava no carro, vendo as gotas de água escorrerem pela janela do carro. Chegando lá, Julia ficou lendo o nome dos especialistas e perguntou:

_ Mãe, o que é oncologista?
_ É um médico, com quem vamos conversar.
_ Tá, mas o que ele faz?

A mãe não olhou para o seu rosto e não respondeu mais nenhuma de suas perguntas. 

Julia fez seus exames e descobriu que tinha leucemia. Seu médico, o doutor cabeludo (era como ela passou a chamá-lo) explicou a ela como funcionava a leucemia. Ela o fez jurar que, se ela não tivesse cura, ele teria que raspar o cabelo. 

O tempo passou e ela estava diferente. Havia cortado seu cabelo, se sentia enjoada todo dia e, às vezes, seus amigos vinham visitá-la. Porém, tudo isso não a impedia de sair, jogar futebol com seus amigos, etc. 

Mais tempo se passou e seu cabelo caiu por inteiro. Ela não podia mais sair do hospital. Não dizem que a esperança é a última que morre? E em um coração tão grande quanto o dela, a esperança realmente foi a última a morrer. Porém, sua última gota de esperança secou quando o doutor cabeludo apareceu sem cabelo. Ela então se lembrou do juramento e disse:

_ O doutor cabeludo está sem cabelo. 

Os amigos de Julia souberam da notícia e fizeram uma linda homenagem. Ela assistiu seu último jogo de futebol: o time de leucemia contra o time da escola. Ela assistiu e então faleceu. 

E sabe o que todos pensam quando alguém diz seu nome? Persistência. Você sabe por quê? Porque durante todo esse tempo ela nunca desistiu, nunca desanimou, mesmo sabendo que estava à beira da morte ela nunca deixou de sorrir. 

Às vezes desistimos tão facilmente, não é? Desistimos porque não conseguimos comprar o que queríamos. Desistimos porque não ganhamos um jogo ou porque alguém foi melhor em tal esporte. Sabe o que eu acho? Que deveríamos parar pra pesar e refletir sobre o que realmente é PERSISTÊNCIA. 

Vitória Castro
7ºA

Uma cicatriz para vida toda

Inspirados pelo tema "superação e persistência", discutido em sala de aula, os alunos do sétimo ano tiveram como proposta, escrever uma redação sobre o assunto. Com o nível excelente da turma neste início de 2017, tivemos um TOP 3. A redação abaixo foi a 3ª colocada

Uma cicatriz para vida toda
Eu estava muito feliz porque o meu namorado, August, me pediu em noivado!

Nós nos conhecemos na delegacia onde meu pai trabalha. O August tinha começado a trabalhar lá e virado parceiro de trabalho do meu pai. Eles viraram amigos com o tempo e um dia o August me chamou para sair. Nós começamos a namorar e depois de dois anos ele me pediu em noivado.

Eu sou uma jornalista e ia em vários locais de crime e às vezes o August e meu pai estavam lá.

Cinco dias após o pedido estava acontecendo um crime com reféns e eu fui lá. Chegando no local, August e meu pai já estavam fazendo contato com o criminoso. Ele estava do lado de fora de uma loja de conveniência com uma arma em mãos, pronta para atirar quando ele achasse necessário. Me aproximei um pouco e fiquei perto do August. De repente, em uma fração de segundo, o homem perdeu o controle. Carregou a arma, mirou em mim e apertou o gatilho. August jogou-se na minha frente e levou o tiro no meu lugar.

Comecei a chorar e desabei completamente. Ligaram para a emergência, o homem foi preso e a ambulância chegou. Entrei nela e no caminho para o hospital e August disse:

_ Eu te amo muito! Você é a pessoa mais especial para mim!
_ Eu também amo você! - respondi, choramingando.

Logo que chegamos no hospital August teve uma parada cardíaca. Entrei em pânico e falei a ele para ficar comigo. Aguardei na sala de espera enquanto August estava em cirurgia. Meu pai chegou alguns minutos depois e ficou comigo. Não dá para explicar o quanto eu estava preocupada e desesperada.

O médico de August veio até nós e disse que o August não havia resistido. Ao ouvir essas palavras comecei a chorar novamente e abracei muito meu pai. Não consegui parar de chorar o caminho inteiro até em casa. Quando cheguei, fui até meu quarto e deitei. Papai veio logo em seguida falar comigo. A única coisa que eu conseguia dizer era "está doendo tanto!".

Meses depois ainda doía pensar nele, mas não tanto quanto antes. Agora eu tinha em mente que ele foi meu herói, meu amor e conseguia pensar nas lembranças boas e não achar tão assustador o nosso último dia. Digo que superei, finalmente, mas vai ter sempre uma cicatriz comigo.


Nicole Kalefi
7ºA